domingo, 23 de maio de 2010

reflexões

todos nós somos diferentes. não há duas pessoas iguais. logo, aquilo que é tido em conta como padrão de normalidade não é mais do que algo que vai de encontro àquilo que é aceite socialmente. aliás, a própria sociedade está em constante mutação, tal como tudo, apresentando muitas vezes padrões que se fossem observados num indivíduo isolado, facilmente o poderiam demarcar como alguém completamente esquizofrénico. ou seja, a sociedade e a humanidade apresentam em si, por muitas vezes padrões de esquizofrenia mais que evidentes. contudo, a evolução e o desenvolvimento, baseiam-se na experiência com base no erro, e na adaptação a esta mesma mutação de que falo e a situações novas.

ha algo que eu julgo ser mais que evidente nos dias de hoje: a taxa demográfica tem vindo a aumentar exponencialmente. a tecnologia também tem evoluído de forma exponencial. no entanto, o ritmo de adaptação da sociedade e da espécie em si à mudança não consegue, de forma alguma, acompanhar o ritmo de mudança do mundo contemporâneo. as pessoas cada vez comunicam mais, nem sempre com quem está mais próximo delas. a velocidade em si da comunicação também tende a acelerar. o mesmo se passa com o acesso à informação. as pessoas cada vez acedem a mais conteúdos, mas a capacidade para os digerir nem sempre é a mesma. outro factor que eu julgo ser deveras importante, é a quantidade de estímulos a que uma pessoa é constantemente submetida. por muito que isso possibilite durante bastante tempo, o desenvolvimento de processos e meios cognitivos, mais cedo ou mais tarde, as pessoas acabam por cair em ciclos de passividade.
no que toca à comunicação em si, a minha opinião é a de que houve durante muito tempo a necessidade de se limitar o acesso à informação através da internet. uma vez que a quantidade de informação disponível estava a aumentar de forma muito grande, mas nem sempre toda a informação era 100% salvaguardada. lembro-me de há alguns anos atrás, quando me comecei a interessar por programação musical, conseguia facilmente, aravés de processos de busca relativamente refinados, de encontrar inclusive correspondência, de universidades como a berkeley (cnmat), stanford ou princeton. na prática tudo isto levou á criação de níveis de segurança de informação e de redes, e na prática só determinadas pessoas que dominam metadata a um nível muito elevado conseguem encontrar tudo aquilo que necessitam hoje em dia através da internet. há algum tempo vi uma pessoa que tinha necessidade de saber o horário/agenda de uma dada pessoa, e através de um grau muito avançado de pesquisa por metadata no google, conseguiu lá chegar em menos de 5minutos (essa pessoa tinha essa mesma informação disponível nos google calendars). O mesmo se passa com as redes sociais: há aqueles que as sabem usar e que conseguem tirar proveito delas para comunicar, para os mais diversos e variados fins, e há aquelas que se perdem no meio da futilidade.

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