por entre o deserto
que sinto em mim mesmo
quando não estou contigo,
caminho em direcção a ti
aproximo-me de ti, estás distante,
mas cada vez mais próxima.
procuro-te pela imensidão dos dias
o amor que sinto por ti,
cuja natureza não compreendes
apodera-se freneticamente de mim.
levando o meu coração para junto do teu.
o despertar dos sentidos emerge
por entre o tic tac de relogios
e de uma trovoada emergente
a chuva cai de repente sobre mim
o céu torna-se negro e trovões e clarões disparo.
de repente acordo de um sonho,
da presença da ausência
e ausência da presença.
do amar do sentir
e do sentir do amar.
das palavras dos dias das noites
da imensidão do tempo que dispara freneticamente
caminhando-te eu até ti
num gesto cego
desprovido
da imensidão da certeza
do quanto desejo estar contigo
e contigo desejo estar
caminhando até ti
e até ti caminhando
por entre o deserto
por entre os céus voando,
por entre os mares remando
remando contra a corrente e contra tudo
contra tudo e todos
a certeza
a incerteza
do amor
do amar
do sentir
palpitações frenéticas
voando a grande velocidade
por entre o despertar do tempo.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
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