quarta-feira, 29 de setembro de 2010

setembro - memórias soltas por entre a dicotomia da presença e da ausência

a inércia do fervilhar das pulsações
propaga sentimentos pelo amanhã
das paisagens urbanas que se repetem na minha mente
que me conduzem pelo pulsar das constelações,
na desconstrução do passado e do presente que foi e será.

procuro-te pela imensidão dos dias
olho em redor.
sinto-te presente mas distante
sinto-te distante mas presente
Sonho em alcançar-te
Em ter-te, e em dar-te uma parte de mim

desejo ver-te
desejo estar contigo.
desejo falar contigo.

por vezes escondo-me e fujo
de mim mesmo, de ti, de nós.

a certeza da imensidão
daquilo que sinto por ti
a certeza da força que vou ter de ter
para lutar por ti e convencer do quanto te amo.

a força do que sinto por ti
a certeza da imortalidade do amor
a certeteza de que jamais te perderei
a certeza de que vais estar sempre comigo
na imensidão do tempo, do espaço.
naquilo que sou, fui e serei,
naquilo que és, foste e serás.

a imensidão do sonho
hermético, dialético,
sincrético, sincrónico diacrónico.
totémico, pendular,
do vazio do finito
do vazio do infinito
da distância, do tempo,
do sonho, da memória.

o sentido da certeza
da imensidão do que sinto por ti.
do sentido da certeza
do quanto vou ter de lutar por ti.

sinto-me frio.
como uma pedra,
uma pedra enalcida
por espectros e sombras

amar-te-ei contudo até ao fim dos dias.
até ao finito do infinito do infinitésimo.

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