sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ode ao amor

ela está ausente

ela está ausente
e o coração sente.

sente batendo
e batendo sente.
batendo sente
e sentindo bate,
bate batendo
e sentido sente.

o o amor,
a distânica.

perpetuam-se pela imensidão dos dias.
numa tarde de verão.

do verão que não é outono
e do outono que não é verão
do verão com sol
e do verão sem sol
do outono sem nuvens e vento
e do outono com nuvens e vento.

as folhas movem-se ao sabor do vento
que batendo sente
e sente mentindo
bate batendo
e sentindo sente
que bate batendo.

o teu nome escrito na margem das ruas,
ecoando pelo expoente da cidade.

da cidade da minha mente
que não mente a mim mesmo

porque o coração bate incandescentemente
porque incandescentemente o coração bate batendo,
sentido, amando.

amando até ao fim dos dias.
até ao finito do infinito do infinitésimo.

o teu nome perpetua-se
a tua aura irradia.

e sente
mente
finge
diz a verdade

magoando às vezes sentindo,
dizendo a saudade

o quanto te amo
o quanto ausente estás
o quanto ausente vais estar.

o quanto vou pensar em ti.
e em ti vou pensar.

bate batendo,
sentido que bate
e batendo sentido.

a métrica desconsctroi o sentido.
e o sentido desconstroi a métrica
da alquimia do amor
da imensidão do que sinto por ti.
e do vazio que sinto quando não estou contigo.

porque o amor
mata
cega
e dilacera

porque o amor
revitaliza
mostra-nos o caminho
e cura as fridas

as fridas da saudade do tempo
e do tempo da saudade

da imensidão do vazio da loucura do expoente
do expoente do amar,
do expoente do sentir,
do expoente do bater do coração.

às vezes pressinto
mais do que sinto.
omito por vezes.
tudo, nada,
enfim, memórias do tempo sem fim.

por ti choro
enaltaço
rancores do amar
dando à imensidão dos dias
imutáveis tic-tacs congelados
do tempo que muta-se transmutando-se
amando
mentindo
em mares de emoções que
nada são à beira de
tanto, tanto que sinto por ti,
emocionando-me, em direcção ao expoente do finito do infinito

sabes bem que é verdade, ou finges que não sabes, o quanto te
amo
recordo
amando

rio-me da
imensidão do
tempo que insignificante é à beira do quanto te
amo

dúvida, incerteza?
amor, concerteza.

sei o quando te amo
impreterivelmente, imutavelmente, imutavelmente talvez
lembro-te a cada dia
vendo-te
amando-te, no interior do meu coração

basicamente
rio-me do
amor, apesar deste
nada se comparar à imensidão
de tudo o que sinto por ti
ãmo-te, amo-te, amo-te, sara.
ofuscatamente, pela certeza da imensidão do amor, que durou à imensidão do tempo.

mais do que tudo na vida
amo-te perdidamente sara rita da silva brandão machado
certamente, podes ter a certeza, pelas iniciais dêstes versos que passaram e por tudo o que
há-de vir
amo-te perdidamente sara rita da silva brandão machado. pode ser que algum
dia dês valor a este livro da imensidão do amor que sinto por ti.
ou talvez não.

por agora o momento presente ecoa os dias vigentes.
os dias em que não te vou ter.
em que vou escrever, tocar, compor, fotografar, pintar,
tudo o que sentido por ti.
cristalizar talvez.

talvez um dia isto morra, por mim não morre.
morre se tu deixares.

mas se morrer quero que tenhas bem presente o quanto importantes és, foste,
e serás (pelo passado e pelo presente que agora sente, sinto, sentido, batendo o coração).

castelo branco, quarta oito de setembro de 2010 - 0:39.

Sem comentários: