sábado, 28 de agosto de 2010

"Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?"

fernando pessoa

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

num por do sol brilhante

num por do sol brilhante
num ápice do despertar da noite
ouço o mar, vejo as nuvens o céu.

e penso o quanto pequenos somos
na dimensão daquilo que é o universo.

penso no facto de estarmos ligados
e pertencermos a um todo que nos transcende

penso no amor
na paz
na serenidade

em mim
em ti
nele
nela
em nós
em vocês
neles

sinto o amor.
o amor que sinto por ti.
que vive dentro de mim
e que me faz viver.

viver e sonhar com o amanhã

com um amanhã
em que os sonhos
se tornam verdade.

se realizam,
realizando-nos.

e realizando-nos permitem-nos tornar-mo-nos
em Homens e Mulheres melhores
na busca da perfeição que não existe

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

distante de ti

distante de ti
distante do equinocio.
distante da lua.
do sol, das estrelas.

da luz que irradia o teu rosto
e que me faz sonhar e acreditar.
acreditar em tornar o impossível possível

com a força do amor.
do sonho.

da imensidão daquilo que sinto por ti.
do vazio que sinto quando estou sozinho sem ti.
da aura que sinto quando me encontro a teu lado.

o prazer de amar.
sem contudo ser amado.

sonhar com estar junto a ti
na imensidão do vazio do tempo.
do tempo do agora. perpetuado.

sonho com um mar pétalas
a envolver-nos.

sonho com a felicidade.
com o ter-te a meu lado.

a beleza do teu rosto.
daquilo que és.
e que para mim representas.

a imensidão do amor.
da paz. da glória.

distante da lua.
do sol, das estrelas.
da luz que irradia o teu rosto
da imensidão daquilo que sinto por ti.
o prazer de amar.
sonhar com estar junto a ti
sonho com um mar pétalas
sonho com a felicidade.
a beleza do teu rosto.
daquilo que és.
a imensidão do amor.

do amor que sinto por ti.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

deus é cão, raivoso e tenbroso.

por entre as margens do nilo
espíritos sadios da carne de quem mente
de quem mente e não sente

criam, destroem,
dostroem e criam.
criam criando.
e destroem e destruindo.

a carne,
a podridão
a demência.
a loucura.

deus é cão, raivoso e tenbroso.
arderá no fogo do inferno.

circunscrito pela besta.
pela besta que tenta
e que come a sua mente.

destrói
irradia
espalha
a escuridão.

a loucura.
a guerra
a morte.

o rosnar acorda os soldados.
soldados dos arcanjos caídos.

a carne,
a podridão
a demência.
a loucura.
destrói
irradia
espalha
a escuridão.
a loucura.
a guerra
a morte.

ecos murmuram

ecos murmuram
entre a penumbra.
ao som de um piano.

um piano que mente
mas que não sente.

que sente e que mente
que mente e que sente
que mente a quem mente
e sente quem sente.

a escuridão do outrora
da noite deambulaste
na penumbra do amanhã

que caminha magicamente
ao sabor de quem mente.

ao sabor de quem sabe que sente
o seu ardor, as suas mágoas.
o ardor dos outros. das mágoas dos outros.

daqueles que provaram
o merecimento com a sua conduta.

com a dignidade
a ética
a moral
a verdade
a justiça.

ecos murmuram
entre a penumbra.
a escuridão do outrora
da noite deambulaste
que caminha magicamente
ao sabor de quem mente.

ao sabor de quem sabe que sente
o seu ardor, as suas mágoas.
o ardor dos outros. das mágoas dos outros.

daqueles que provaram
o merecimento com a sua conduta.

livros ecoam ao sabor do ente

livros ecoam ao sabor do ente.
do ente que mente e que sente
ao sabor do expoente.

memórias vazias dos tempos de outrora
soam as mágoas do agora.
do agora que foi e que virá.

que sente e que mente
ao sabor da loucura da mente.

perpetuam-se numa estática constante
num frenesim diambulante
de quem come pudim.

pudim ao pequeno almoço
ao almoço e ao jantar.

ao lanche,
a meio da manhã,
ao final da tarde
antes de dormir.

comida do espirito e da mente
do silencio do agora vingente
no vento.

o vento que vem e vai.
veio e que foi.
que virá e que irá.

estática deambulaste
pelo prazer da mente
e do expoente.

non-sense do agora.
do agora que foi e que virá

pelo prazer da mente
do silencio do agora vingente
antes de dormir.
num frenesim diambulante
que sente e que mente
memórias vazias dos tempos de outrora
livros ecoam ao sabor do ente.
ao sabor do expoente.

esfinges magneticas

esfinges magneticas
piramides da estática
fingem perneticamente
tacticamente falando

a harpa de isis,
que com melodias espanta
a loucura vingente de osiris
demente do expoente.

mente a minson e a eros
como quem quer e não quer

pedaço de areia
correndo ao sabor do vento.
do vento e do tempo
ao sabor de outrora

palpitações frenéticas.

palpitações frenéticas.
calor, frio.
estática constante
em movimento alternado.

palpitações do sentir do amar
e do amar do sentir
da imensidão do tempo.
e da inexistência dele mesmo.

calor frio.
tristeza e felicidade
luz e escuridão
amor e ódio
dúvida incerteza,
certeza incontestável.

esática constante
do paralizar da da mente.
dos dias vingentes.
da loucura do expoente

palpitações frenéticas
da imensidão do tempo.
certeza incontestável.
esática constante
da loucura do expoente

do expoente de amar.
e do poente do sentir.

sensações, emoções, sentimentos

sensações, emoções, sentimentos
lágrimas, tristeza, solidão.
sorrisos distantes, felicidade, amor.

o expoente da amizada, do amor.
do poente da fantasia que eros lançou
e que faz do mistério do amor
que oscar wilde tanto citou
maior que thanatos
e que o mistério da morte.

tu e eu
eu e tu.
tu e tu
eu e eu

nós.
muita gente
a Humanidade

fazemos parte de um todo
com o qual caminhamos
juntos ou separados
separados ou juntos.

sensações, lágrimas, sorrisos distantes.
o exponte da amizade, do amor.
tu e eu, eu e tu, tu e tu, eu e eu
fazemos parte de um todo
apesar de sozinhos estarmos.

sós na imensidão do sonho.
da mente do expoente.
que sente como quem ama.
e ama como quem sente.

o pulsar do coração repete-se
acelara, abranda.

pulsos repetidos
repetidos pulsos
pulsos a pulsar.
e repetições repetidas.
o ranger de portas
e portas a ranger

explosões de átomos
clarões do agora
momentos perdidos
do prazer de outrora.

tudo se integra desintegrando,
e desintegrando se integra.

a bailarina dança

a bailarina dança
ao som da caixa de música
memórias do outrorora
ecoam pelos prazere da mente
que mente como quem sente

sente a criança que foi
e projecta aquele que será.
numa loucura frente frenética
de fugir agora vigente
dos prazeres do agora.

pulsos repetidos
repetidos pulsos
pulsos a pulsar.
e repetições repetidas.
o ranger de portas
e portas a ranger

cordas percutidas
com o bater do amanhã
dilacerante
frenético.

circunscreve
perscreve
e transcreve

transcreve a imaginação
circunscreve a mente
e perscreve-te a ti.

a mim, a ti, a nós.

àquilo que a imaginação deixa ser.
e ser deixa.

a bailarina dança
ao som das memórias do outrora
numa loucura frenética
de fugir ao agora vigente
do ranger das portas
e das portas a ranger
circun-perscreve e transcreve
aquilo que a imaginação deixa ser
e ser deixa.

explosões de átomos ocorrem pelo expoente da mente

explosões de átomos
ocorrem pelo expoente da mente

mentem como quem finge
e fingem como quem mente.

clarões do agora
e a escuridão do ontem
que se propagará pelo amanhã.
fundem-se pelo poente do expoente

explosões de átomos
clarões do agora
momentos perdidos
do prazer de outrora.

bordões de fadas
ecoam pelos prazeres da mente
que mente como quem finge
e finge como quem sente.

sente porque sente
e mente porque mente

porque o amanhã não existe
o ontem também não.

meu é o presente vigente
dos dias do agora.

luzes candeeiros.
màquinas da cidade.
clarões de luz ofegantes
dilacerantes
pelo agora que existe
e pelo amanhã e pelo ontem
que ecoam pelos prazeres da mente
que mente como quem sente.

as luzes fundem-se com a escuridão

luzes fundem-se
com a escuridão

o cosmos caminha no sentido do criador
expande-se, contrai-se

cometas
estrelas
poeiras
átomos

auroras do o infinito
fundem-se com paisagens do finito

os átomos dissassociados da poeira cósmica
caminham por entre cidades.
perante relâmpagos
e tempestades cósmicas.

os balões de ar quente voam
pela imensidão do poente do expoente.

luzes de outrora
fundem-se
com a escuridão
do agora.

o cosmos
expande-se, contrai-se,
auroras do infinito
fundem-se
com os átomos
dos relâmpagos
e por tempestades cósmicas
luzes fundem-se
com a escuridão

algures no nevoeiro

algures no nevoeiro
espectros dilacerantes
do outrora vingente
caminham por entre as nuvens
por entre os carros
por entre as pontes

um Homem caminha junto à margem dum rio
enquanto as cinzas das nuvens carregadas
conduzem os prazeres da mente
até à loucura do expoente.

reflexos,
espectros
o nevoeiro
o outrora
as nuvens
os carros
as pontes
o Homem
o Rio
as Cinzas
as nuvens
a mente
o expoente

tudo se integra desintegrando,
e desintegrando se integra.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

o amor, a saudade a esperança.

o amor, a saudade a esperança.
o vazio do finito do infinito
a noite e o dia
o dia e a noite
um mar distante.

a dor, a saudade, a tristeza, a esperança.
tu, eu, nós.
o impossível do possível
e o possível do impossível.

o sonho
a imensidão da força do amor.
o desejo de te ver
e de contigo viver.

uma nuvem etérea
da imensidão do infinito.

os prazeres da mente
os prazeres do som
o silÇencia
eu mesmo.
tu mesma.
o tudo e o nada.

o amor
a felicidade
o finito do infinito
o infinito do finito

a tristeza
a saudade
o silencia
a distancia

o sonho de te vir a ter

encontro-me sozinho no vazio do infinito.

encontro-me sozinho
no vazio do infinito.
mãos azuis tocam-me
e dizem-me algo.

algo,
qualquer coisa,
muita coisa
tudo e nada

a imensidão da cidade rejubila o teu nome
que ecoa no vazio da minha mente.
no vazio de não te ter
e de contigo sonhar.

sem conseguir alcançar.

o sonho mata-me
dilacera-me.
circunscreve-me.

a mim, aos meus pensamentos.
à memória do vazio do infinito.

o amor alcança
permanece
e apodera-se da mente

o sonho comanda a vida
enquanto a vida é comandada pelo sonho.

o prazer do finito do infinito
acompanha-me.
circunscreve.
permanece
no vazio de não te ter e de contigo sonhar.

amo-te perdidamente.

amo-te perdidamente.
sonho contigo noite e dia.
sonho com a ilusão.
sonho com o sonho.
com a dor e com o sofrimento não te ter.

sem surpresas caminho num mar distante.
um mar da vida, numa caravela sozinho.
voo pelos prazeres do finito do infinito.

da dor
da saudade
da tristeza.
da esperança

acredito em ti, em mim, em nós.
acredito que tudo é possível
enquanto com isso sonharmos.

acredito na imensidão e na força do amor.
no desejo de te ter.
e de contigo viver.

viver até ao fim dos dias.
amando, sonhando, rejubilando.

de prazer
de felicdade
e de realização.

cinjo-me

cinjo-me a mim mesmo.
a ti, ao tudo ao nada.

apareço e despareço
numa numa nuvem etérea
da imensidão do infinito.

cinjo-me aos prazeres da mente.
cinjo-me aos prazeres do som.
cinjo-me ao silêncio.
cinjo-me a mim mesmo.
a ti, ao tudo ao nada.

cinjo-me ao amor
cinjo-me à felicidade.
cinjo-me ao finito do infinito.
e ao infinito do finito.

cinjo-me à tristeza,
à saudade,
ao silêncio
e à distância.

cinjo-me ao vazio de não te ter.
e à ilusão de te vir a ter.

cinjo-me aos prazeres da mente.
cinjo-me aos prazeres do som.
cinjo-me ao silêncio.
cinjo-me a mim mesmo.
cinjo-me ao amor
cinjo-me à felicidade.
cinjo-me ao finito do infinito.
cinjo-me ao vazio de não te ter.
a ti, ao tudo ao nada.
à saudade,
ao silêncio
e à distância
e à ilusão de te vir a ter.

brisas da cidade fumegantes

brisas da cidade
fumegantes.
incertas num impasse
irradiam ansiedade.
ansiedade frenetica
que se dissolve
e que se resolve.

as ruas com os seus candeeiros nas margens
carros a circular como componentes de um átomo
cingem-se à imensidão do infinitésimo.

caminham ofuscadamente,
resolvem-se resolvendo-se a si mesmas.
resolvem-se num impasse
resolvendo a ansiedade.
ansiedade frenetica
que se dissolve.

caminha por entre os prédios.
aqueles arranha céus do infinito do agora.
que caem como cinzas dilacerastes do prazer de outrora

carros antigos
tabernas do agora
correios da memória
do prazer de outrora.




imagens.

imagens belas circunscrevem o prazer da mente.
sonham-nos e fazem-nos sonhar.
como quem quer e como não quer.

o pulso dispara contemplando e deleitando-se

subitamente, um rio de memórias, cresce sobre mim.
irradiando a luz, a escuridão

a escuridão da luz
a luz da escuridão.
a escuridão escura.
e a luz clara.

freneticamente, cinjo-me aos prazeres da mente.
organicamente caio sobre mim mesmo.

sinto mágoas do vazio.
do vazio do outrora.
do outrora que foi.
e do outrora que virá.

cego e nú de preconceitos,
viro-me para o fantasma de mim mesmo.

e pergunto-lhe:
(…)

esqueci-me do que ia dizer num impasse glorioso.
glorioso da desgraça.
e desgraçado da glória.

o amor e paixão irradiam a mente.
o sabor do passado,
deixa-nos presos à angústia do amanhã.

liricamente movo-me entre paredes.
freneticamente finjo, e exalto-me.

corro, desespero, choro, rio-me.

sou feliz agora.
mais do que nunca.

o cisne irradia belas melodias num lago coberto de ouro.
ouro resplandecente daquilo que outrora fora uma quimera.

cearas de trigo.
trigo das cearas.
movem-se incadescentemente.
pelo infinto do finito.

aos poucos esqueci-me dos prazeres da mente.

aos poucos esqueci-me dos prazeres da mente.

(…)

aos poucos esqueci-me dos prazeres da mente.

(…)

aos poucos esqueci-me dos prazeres da mente.

(…)

aos poucos esqueci-me que o cosmo desintegra-se suavemente

(…)


aos poucos esqueci-me que o cosmo desintegra-se suavemente

(…)


aos poucos esqueci-me que o cosmo desintegra-se suavemente

(…)


aos poucos esqueci-me que o cosmo desintegra-se suavemente
aos poucos esqueci-me dos prazeres da mente.

(…)

o cosmo desintegra-se suavemente como quem não quer a coisa.

algures no meio da multidão,
a luz apaga-se,
carros, máquinas, comboios e aviões,
e entramos para a saida
fazem-nos acreditar que o amor existe,

o cosmo desintegra-se suavemente como quem não quer a coisa.

por essa dimensão existencial.
fugimos, escondem-nos,
repetidamente
calmamente
suavamente..

o cosmo desintegra-se suavemente como quem não quer a coisa.

certamente caminho como quem anda.
dialetica, ideomáticamente, sincrónica ou sincreticamente falando.

o cosmo desintegra-se suavemente como quem não quer a coisa.

algures no meio da multidão,
dialetica, ideomáticamente, sincrónica ou sincreticamente falando.
fugimos, escondem-nos,
e entramos para a saida
suavamente..

o cosmo desintegra-se suavemente como quem não quer a coisa.
o cosmo desintegra-se suavemente como quem não quer a coisa.
o cosmo desintegra-se suavemente como quem não quer a coisa.

algures no meio da multidão

algures no meio da multidão,
gestos circunscritos
por diálogos incandescentes,
cegam aqueles que não querem ver.

o ranger de portas,
abria uma luz evidente,
que nos trazia,
memórias incandescentes.

num gesto rápido
olho à minha volta,
e vejo a cassete a ser rebobinada,
a grande velocidade,
com as memórias a circunscreverem
os prazeres da mente.

a luz apaga-se,
a noite chega,
as portas rangem novamente,
a escuridão aproxima-se.

fico circunscrito a mim mesmo.

enquanto o tic-tac dos relógios,
me ensurdece num gesto sádico.

num gesto sádico, onde o pulsar das constelações,
irradia uma aura incandescente.

a repetição leva-me à loucura,
a loucura leva-me à repetição.
rapetição é repetida.
e a loucura enlouquece.

pulsos,
gestos,
tic-tacs dos relógios,
luz,
escuridão.

voo a grande velocidade pelo interior da minha mente.
e caminho ansiosamente pelo esplendor do poente.

a repetição leva-me à loucura,
a loucura leva-me à repetição.
rapetição é repetida.
e a loucura enlouquece.
voo a grande velocidade
pelo interior da minha mente.
e caminho ansiosamente
pelo esplendor do poente.

a sede do agora ofusca-me,
mata-me e circunscreve-me.

a repetição leva-me à loucura,
a loucura leva-me à repetição.
rapetição é repetida.
e a loucura enlouquece.
voo a grande velocidade
pelo interior da minha mente.
e caminho ansiosamente
pelo esplendor do poente.
a sede do agora ofusca-me,
mata-me e circunscreve-me.

o palhaço encontra-se no meio do circo.
vazio, com as luzes apagadas,
e uma luz que o ilumina.
o clarão cega a plateia,
que na esperança de o ver,
sente o prazer da ausência.

a sede do agora ofusca-me,
mata-me e circunscreve-me.
num gesto sádico, onde o pulsar das constelações,
irradia uma aura incandescente.
voo a grande velocidade pelo interior da minha mente.
e caminho ansiosamente pelo esplendor do poente.

o ranger de portas,
abria uma luz evidente,
que nos trazia,
memórias incandescentes.

a luz apaga-se,
a noite chega,
as portas rangem novamente,
a escuridão aproxima-se.

chamas incandescentes voam pela estratesfera da mente.
que num gesto de esperança, imagina paisagens.
paisagens que outrora inspiraram os impressionistas da decadência.

um dia olhei para o espelho e pensei

um dia olhei para o espelho e pensei:
Encontrei-me!!!

ou talvez não,
talvez fosse uma miragem.
Uma miragem apavorada,
cega, surda e muda,
rindo-se satiricamente de mim.

e pensei,
hum, hoje vou fazer qualquer coisa.
mas isso implicava…
Outra coisa!!!

Outra coisa que me estava de momento a faltar,
como alguém que não quer respirar,
respirar do prazer do agora,
e esquecer o passado e o amanhã.

porque o amanhã não existe e o passado também não,
quiçá, o tempo!!!

mas cego, surdo e mudo,
ria-me freneticamente de mim.

carros, máquinas, comboios e aviões,
passavam pela cidade a grande velocidade.
as luzes moviam-se a grande velocidade.

talvez um dia saiba,
ou talvez outrora não(…)
qualquer coisa!!!

já saindo de casa, dirigia-me freneticamente em direcção à praia.
no meu carrinho vermelho.

porque azul é o mar
e vermelho é o fogo.

mas ri-me e apercebi-me.
apercebi-me que:

azul é o fogo
e vermelho é o mar.

num mundo fantasia nutria e surtia sonhos desiguais
apavorado pelos prazeres de outrora.

o vento batia-me na cara.
e satiricamente,
caminha em direcção ao infinito.

ao infinito do céu,
do mar,
e do além.

no além transfigurado pelos prazeres do agora.
via-te, e via-me.
via-nos.

como quem quem não quer ver.
porque os que não querem ver cegos ficam.
e iludamos são os que o querem.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010







saimos para a entrada e entramos para a saida

saimos para a entrada
e entramos para a saida
entramos na entrada e entrada
e saímos da saída

fugimos, escondem-nos,
de algo ou de alguém.
do tudo ou do nada.

procuramos, alcançamos.
alcançamos, procuramos.
procuramos, procurando.
e encontra-mo-nos encontrando.

respiramos, ofegantemente,
cantamos uma canção,
projectamos sonhando
e sonhando projectamos.

a eternidade
o amor
a glória
a plenitude.

choramos sorrindo
sorrimos chorando
choramos chorando
e sorrimos sorrindo

caimos, tropeçamos.
levantamo-nos, ajeitamo-nos.
e sonhamos com o amanhã.

viajamos no amor.
e no amor viajamos.

sem surpresas alcançamos.
outras vezes perdemos.
no final estamos juntos,
ou separados.

cansados, infelizes.
restabelecidos, e realizados.

caminhamos, procuramos o caminho.
procurando-nos a nos mesmos.
ao tudo ou ao nada.

num deserto imenso, com sede e sem água.
ergue-mo-nos perante a pirâmide,
perante a esfinge,
ou quiçá.

nús de preconceitos,
livres pensadores.
puxamos atrás a cassete,
e vemos o filme das nossas vidas.

as sirenes sonham, embalam, fazem-nos tremer quando menos esperamos

as sirenes sonham, embalam,
fazem-nos tremer quando menos esperamos.
fazem-nos acreditar que o amor existe,
que a paz existe.

pássaros no céu movem-se ao som da música das sirenes
embalado encontro-me num sonho profundo,
na estreia de um sonho, onde te encontras presente.

por esses vales, montes e montanhas caminhamos,
sicrónica e diacrónicamente.

o acreditar faz-nos sonhar,
faz-nos acreditar que o amanhã é possível.
e que o sonho pode existir enquanto pudermos amar.

sussurar doce do pássaro, faz-me estremecer.
sonhar, vibrar.

atiro pedras para um lago.
um lago com esbeltos e formosos peixes.
onde cisnes bailam,
e unicórnios voam pelo céu.

o pássaro encontra o unicórnio,
e juntos caminham,
lirica e freneticamente,
por esse mundo fora.

por esse universo,
por essa vida,
por essa dimensão existencial.

juntos como um todo,
como um tudo

meteoritos circunscrevem constelação
constelações e planetas pairam
como gazes como fragmentos,
da imaginação do arquitecto.

o amor existe, e persiste.
sonhamos com a vitória,
com a justiça, com a igualdade.

as folhas das árvores movimentam-se ao som da sirene,
enquanto o o unicórnio e o pássaro voam pelos céus.
enquanto tu sonhas,
enquanto eu sonho,
enquanto sonhamos.

a quimera dourada desfaz-se em cinzas.
as cinzas florescem nos campos.
e novo ouro nasce
como cearas de trigo.

observo-te insavelmente,
e tu observas-me
somos observados.

o amor prevalece entre nós até ao fim dos tempos.
celebramos o amor ao som de uma canção
que nos enche de esperança e nos faz rejubilar de alegria.

atiramos pedras para o lago
o unicórnio e o pássaro voam juntamente com os cometas.

o amor rejubila
a paz rejubila
tudo rejubila,
ao som da cítara
do criador.

a casa não é perfeita.
mas enquanto lutarmos pela perfeição,
com ela podemos sonhar.

e boas noticias surgem
através dos dias e dos tempos.

as folhas das árvores movimentam-se ao som da sirene,
enquanto o o unicórnio e o pássaro voam pelos céus.
enquanto tu sonhas,
enquanto eu sonho,
enquanto sonhamos.

feedbacks inexoráveis (...) do tempo de agora.

feedbacks inexoráveis
loops do outrora
memórias vazias
do tempo de agora.

o coração bate.
a voz sai lentamente do corpo,
expremendo o suor,
a dor, do sofrimento de amar

pulsos repetidos
do vazio
repetem-se continuamente ao sabor da mente

ela esquece-se
e lembra-se que sei.

ela lembra
e esquece que sabia

as pausas
a ligação

a ligação das pausas
as pausas da ligação
a ligação ligada
e as pausas pausadas

cai a frente dela
perdidamente chorando
entre o juizo do que fiz
do que disse
do que pensei.

pulsos repetidos
repetidos pulsos
o bater do coração caminha.
caminha o bateria do coração

o jogo não está perdido
e perdido não está o jogo
dá-me uma oportunidade
de te amar, de te fazer feliz,
de nos fazer felizes.

lágrimas caem metricamente
como colcheias sobrepostas a um trémolo vingente.

não há maneira de falar
não há meneira de sentir
não ha maneira de partilhar
o bater do coração.

o movimento continua
repetidamente
calmamente
suavamente.

continua como quem mente
a si mesmo
ao sabor da vida.

a vida não está perdida
e perdida está a vida.

o movimento continua
repetidamente
calmamente
suavamente.

a voz solta-se do corpo
feedbacks inexoráveis
loops do outrora.

cai a frente dela
e ela não se apercebeu.
a mente é uma cama vazia.

a voz solta-se do corpo
feedbacks inexoráveis
loops do outrora.
a mente é uma cama vazia.

tudo está longe da verdade
acima do telhado.
vigente nos céus de outra
e no presente do agora.

amar não é fácil
difícil e perceber.
porque falhamos
porque erramos.
porque não estivemos presentes.

a voz solta-se do corpo
feedbacks inexoráveis
loops do outrora.
a mente é uma cama vazia.
porque não estivemos presentes.
quando precisávamos de alguém
e quando alguém de nós precisava.

o jogral, essa maquievéilica figura.

o jogral, essa maquievéilica figura.
triste, é certo,
caminha pela praça como quem caminha pelo vazio.

um vazio preenchido pelos cânticos mercantis
que com as cruzes caminham ao peito
trespassando o vento, o mar e o céu.

certamente que num gesto frenético caminham sincronicamente.
dialeticamente talvez.
outrora ideomáticamente.
jograis do amanhã
que com o passado de outrora
mentem ao vento do presente.

o sonho caminha obstante.
presente, mas transfigurado.
a amada, essa linda e esbelta figura.
caminha junto com a amiga.

encabeçada por prazeres ocultos.
de um amanhã vigente nos prazeres de outrora
a cítara melancólica,
reproduz belas melodias acompanhadas pela gamba
gambás ao pequeno ao almoço, trazidas pelos pequenos pequenos pescadores.
grandes Homens do tempo de outrora.
Iguais a muitos outros com as suas âncoras ao peito.
dilacerando ventos, tempestades e adamastores.

Os peitos, belos peitos, transfiguram a ruralidades, a etnografia,
e o presente momento da esperança de outrora
O tambor a seus males canta como quem os espanta.

certamente caminho como quem anda.
como quem corre, como quem voa.

certamente sonho
com a chama de eros
que acende a meu peito
o coração da amada.

a saudade caminha
paprelalamente, frisando a estática.
a estática da metafísica dos costumes.
dos costumes, da moral, da ética e do dever.
que etica e perneticamente trazem frutos do amor.

do amor e da esperança do amanhã
vigente nos dias de outrora
que com ou sem sentido
fazem a alma sonhar.

sonhar com algo.
ou com nada
com o tudo
ou com nada.
com o infinito
e com o finito

com o prazer da mente
e a mente do prazer.
que com seus males espanta
quem os abençoa.

o jogral olha a senhorita.
a senhorita olha o jogral

os dois caminham parlamente
na estática da metafísica do prazer de outrora.

que com seus males encanta
quem os espanta.

e liricamente
na imensidão do amor.
do amor que dez anos dura.
e que resite e é imortal à distância,
ao tempo, e à imensidão dos dias.

que encanta quem os abençoa.
e abençoa que os canta.

amanhã existe.
contigo a meu lado.
contigo sempre presente.
no prazer da mente.

e a chama acesa
despera o amor
e o amor silenciado
segue.

freneticamente gesticulo a eros
com a cura inexorável do futuro.

e a cura inexorável
do presente.

dialetica, ideomáticamente, sincrónica ou sincreticamente falando.
anteponho a progressão da regressão ao paralelismo da estática da metafísica.

porque me abandonas quando preciso de ti.
quando sonho contigo.
e paro de sonhar
cegamente finjo
imito finjindo
e sonho com o amanhã

o amanhã vigente
dos dias de outrora.

cantos do mar
acesos na chama do amanhã
carregam as cruzes
dos tempos de outrora

talvez amanhã
ou talvez um dia

talvez agora
ou talvez nunca

esteja contigo
contigo a meu lado
e contigo presente
nos ventos de outrora

quem vê como quem abençoa
e quem abençoa como quem vê
a citara que se apaga

a gamba triunfante.
caminha pelo deserto
o deserto presente nos ventos de outrora

talvez um dia saiba
ou talvez nunca venha a saber

o que sinto
o que sentes

O que sentimos

emoções passam a sentimentos
e sentimentos passam a emoções

como quem antevê o tempo de outrora.

os camelos do deserto
do deserto os camelos
dos camelos para os camelos
e do deserto para o deserto

o amor triunfa e vence
a saudade

o estigma de outrora
da lugar a absurda cura do presente
que conosco cammina
e que conosco aceso vive..

o amor do amado.
a negação da amada.

a cura do presente
da lugar a cura do passado
que conosco darà lugar a projecção do futuro

futuro incerto
certo
ou inexorável

porque sinto e pressinto o amor
no fim de uma tarde de verão

o sonho de uma noite de verão vive
o despertar da noite
da lugar a madrugada

o soldado encontra-se a beira de um abismo evidente.

o soldado encontra-se a beira de um abismo evidente.
a escuridão apodera-se da sua vontade
que corrompe as suas vísceras num jeito frenético
enquanto o prazer da carne evidencia o despertar de uma nova madrugada

no talho da besta, cadáveres desfigurados,
trespassam numa fila pendurados.
o prazer da carne evidencia o despertar do apocalipse

a lepra corroi as visceras fálicas,
enquanto a enércia do talhante
representa a alegoria da podridão da carne

a podridão da carne sonha, nasce, e alcança um vazio eminente,
que, quando ofuscado pelas trevas mutilantes,
conduz o vómito dilacerante num gesto frenético de uma chacina dogmática.

o preconceito de um amanhã vazio,
torna o prazer ainda mais sadio
de gesto venenosos na procura de um navio

um navio fantasma que carrega coração mutilados
pelas trevas de thanatos

eros esse meticuloso impulsionador de um líbido sonhador
morre, crucificado, num altar psiquiátrico.

os destroços de sexta feira, ofuscam, matam e dilaceram.
o prazer da carne anteponhamos
à absurda cura do passado
que connosco caminha, agarrado à nossa carcaça.

falo falicamente como quem sensualmente mente.
a cura, a miséria, a tristeza e a podridão do vazio.
um vazio triunfal que cega

cega os que não querem ver.
e ilumina os que ver querem.

a luz ofusca a escuridão.
e a escurdião ofusca a luz..
a luz ofusca a luz.
e a escurdião ofusca a escuridão

digo a verdade dizendo a mentira
e digo a mentira dizendo a verdade
minto dizendo a mentira
e digo a verdade pensado na verdade.

o coraço trêspaça o verme
o verme é trespassado pelo coração

a chama trespaça o espirto
e o espirito trespaça a chama

1, 2, 3, 5, 8, 13, 21
21, 3, 2, 1, 8, 5, 13

gestos encefálicos corroem árduamente o vazio destilado
o vazio destilado corroi levemente os gestos encefálicos.

sem sentido mentido à verdade
e à verdade minto sem sentido

porque a absurda cura do futuro
trespassa-me sem igual

e o Homem, nú de preconceitos, caminha,
por um novo amanhã, sem igual

como quem sonha com a mutilação da mente

a mutilação da mente sonha
sonhando com a mutilação da mente

gestes venenos, árduos, e ofuscados,
matam o poeta da desgraça, num gesto frenético de procura do amanhã

o amanhã não existe, talvez o passado também não.
mas talvez o presente sim.
Ou não

o tempo existe?
essa constante neurótica, prismática.
ofusca deltamente os sonhos do pressente

amanha existe, e o ontem existirá, talvez amanhã existira.

como quem não quer a coisa, sonho, como quem mente
e minto como quem sonha

a mutilação dos vermes
os vermes mutilados
os cerébros trespassados
o amanhã transfigurado
a alma ilumada
e a lua cheia apagada

sonham como mente e mentem como quem sonha

talvez ainda não saiba, ou talvez saberei
que o azul nasce nas trevas, e das trevas vem para o céu.

a floresta cinzenta caminha por um amanhã transfigurado.
um amanhã transfigurado caminha por uma floresta cinzenta

a quimera dourada trespassa-me o peito
e o peito é trespassado pela quimera dourada

flamejante, ardente, triunfante.

o teste da verdade
a verdade do teste

caminham por um amanhã perdido
perdido na mente mutilada.

e no sangue ensanguentado

o poeta almejado ao presente
caminha num gesto frenético,
como quem não quer a coisa.

os livros, cinzentos e carregados,
fundem-se com as nuvens de outrora.

talvez um dia saberia.
ou talvez agora.
ou talvez num instante
ou talvez nunca

vicio da mente trespassa suicidios sonhadores
chamas perdidas num veneno de outrora

os gestos transfiguradamente mutilados
de um amanhã inexistente
caminham ofuscando as trevas de sade.

errrrssssssss
teuiiiiiiii
lvssssssssssss

one joy, one suffer.

os convites para o cortejo animalesco
trespassam almas mutiladas num desejo ensanguentado de prazeres de outrora

as nuvens carregadas fundem-se com a metafísica estática.

o poeta da desgraça junta-se com o profeta da vitória

as vezes sinto
as vezes vejo
as vezes pressinto

chamas iluminadas e suicidios sonhadores
a esperança iluminada de um vazio de outrora.

o santo sádico,
porque me persegues?
- pergunta o poeta da desgraça

porque fico com os genitais a arder de prazer
- responde o profeta da vitória

a visão apocalíptica do prazer de outrora
mutila mentes iluminadas
com as trevas do agora

o prazer da cura vale pela desgraça
do momento de outrora

talvez um dia saiba, pense, ou pressinta.
a luz da pessoa que comigo caminha

porque no afinal o amor vence e a chama de eros
trespassa o prazer de thanatos

terça-feira, 10 de agosto de 2010

frases lindas

“Quality is never an accident; it is always the result of high intention, sincere effort, intelligent direction and skillful execution; it represents the wise choice of many alternatives.” William A. Foster

"(…) if you came this far you'll be able to come a little further (…) remember, hope is a good thing, maybe the best of things, and no good thing ever does" (Shawshank redemption)

there is a light and it never goes out

"The mistery of love is just greater than the mistery of death" (oscar wilde)

"a existência é um todo, caótico, que quando sistematizado, compreende padrões, e que foi criado e compreende tudo o que está entre uma super-micro estrutura (acima do infinitésimo), e abaixo de uma super-macro estrutura (tudo o que se encontra abaixo do infinito). este todo encontra organizado em estruturas, que compreendem redes (grafos) de planos micro e macro-estruturais (fractais), e que são geradas através do balanceamento de permutações, que está na base do princípio da dualidade em movimento."
tiago morgado

sometimes

sometimes

Sometimes I did, do, and will.
Sometimes I didn't, don't, and won't.
Sometimes I think I did, do, and will.
Sometimes I think I didn't, don't, and wont.

Tiago Morgado