segunda-feira, 16 de agosto de 2010

o jogral, essa maquievéilica figura.

o jogral, essa maquievéilica figura.
triste, é certo,
caminha pela praça como quem caminha pelo vazio.

um vazio preenchido pelos cânticos mercantis
que com as cruzes caminham ao peito
trespassando o vento, o mar e o céu.

certamente que num gesto frenético caminham sincronicamente.
dialeticamente talvez.
outrora ideomáticamente.
jograis do amanhã
que com o passado de outrora
mentem ao vento do presente.

o sonho caminha obstante.
presente, mas transfigurado.
a amada, essa linda e esbelta figura.
caminha junto com a amiga.

encabeçada por prazeres ocultos.
de um amanhã vigente nos prazeres de outrora
a cítara melancólica,
reproduz belas melodias acompanhadas pela gamba
gambás ao pequeno ao almoço, trazidas pelos pequenos pequenos pescadores.
grandes Homens do tempo de outrora.
Iguais a muitos outros com as suas âncoras ao peito.
dilacerando ventos, tempestades e adamastores.

Os peitos, belos peitos, transfiguram a ruralidades, a etnografia,
e o presente momento da esperança de outrora
O tambor a seus males canta como quem os espanta.

certamente caminho como quem anda.
como quem corre, como quem voa.

certamente sonho
com a chama de eros
que acende a meu peito
o coração da amada.

a saudade caminha
paprelalamente, frisando a estática.
a estática da metafísica dos costumes.
dos costumes, da moral, da ética e do dever.
que etica e perneticamente trazem frutos do amor.

do amor e da esperança do amanhã
vigente nos dias de outrora
que com ou sem sentido
fazem a alma sonhar.

sonhar com algo.
ou com nada
com o tudo
ou com nada.
com o infinito
e com o finito

com o prazer da mente
e a mente do prazer.
que com seus males espanta
quem os abençoa.

o jogral olha a senhorita.
a senhorita olha o jogral

os dois caminham parlamente
na estática da metafísica do prazer de outrora.

que com seus males encanta
quem os espanta.

e liricamente
na imensidão do amor.
do amor que dez anos dura.
e que resite e é imortal à distância,
ao tempo, e à imensidão dos dias.

que encanta quem os abençoa.
e abençoa que os canta.

amanhã existe.
contigo a meu lado.
contigo sempre presente.
no prazer da mente.

e a chama acesa
despera o amor
e o amor silenciado
segue.

freneticamente gesticulo a eros
com a cura inexorável do futuro.

e a cura inexorável
do presente.

dialetica, ideomáticamente, sincrónica ou sincreticamente falando.
anteponho a progressão da regressão ao paralelismo da estática da metafísica.

porque me abandonas quando preciso de ti.
quando sonho contigo.
e paro de sonhar
cegamente finjo
imito finjindo
e sonho com o amanhã

o amanhã vigente
dos dias de outrora.

cantos do mar
acesos na chama do amanhã
carregam as cruzes
dos tempos de outrora

talvez amanhã
ou talvez um dia

talvez agora
ou talvez nunca

esteja contigo
contigo a meu lado
e contigo presente
nos ventos de outrora

quem vê como quem abençoa
e quem abençoa como quem vê
a citara que se apaga

a gamba triunfante.
caminha pelo deserto
o deserto presente nos ventos de outrora

talvez um dia saiba
ou talvez nunca venha a saber

o que sinto
o que sentes

O que sentimos

emoções passam a sentimentos
e sentimentos passam a emoções

como quem antevê o tempo de outrora.

os camelos do deserto
do deserto os camelos
dos camelos para os camelos
e do deserto para o deserto

o amor triunfa e vence
a saudade

o estigma de outrora
da lugar a absurda cura do presente
que conosco cammina
e que conosco aceso vive..

o amor do amado.
a negação da amada.

a cura do presente
da lugar a cura do passado
que conosco darà lugar a projecção do futuro

futuro incerto
certo
ou inexorável

porque sinto e pressinto o amor
no fim de uma tarde de verão

o sonho de uma noite de verão vive
o despertar da noite
da lugar a madrugada

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