segunda-feira, 16 de agosto de 2010

o soldado encontra-se a beira de um abismo evidente.

o soldado encontra-se a beira de um abismo evidente.
a escuridão apodera-se da sua vontade
que corrompe as suas vísceras num jeito frenético
enquanto o prazer da carne evidencia o despertar de uma nova madrugada

no talho da besta, cadáveres desfigurados,
trespassam numa fila pendurados.
o prazer da carne evidencia o despertar do apocalipse

a lepra corroi as visceras fálicas,
enquanto a enércia do talhante
representa a alegoria da podridão da carne

a podridão da carne sonha, nasce, e alcança um vazio eminente,
que, quando ofuscado pelas trevas mutilantes,
conduz o vómito dilacerante num gesto frenético de uma chacina dogmática.

o preconceito de um amanhã vazio,
torna o prazer ainda mais sadio
de gesto venenosos na procura de um navio

um navio fantasma que carrega coração mutilados
pelas trevas de thanatos

eros esse meticuloso impulsionador de um líbido sonhador
morre, crucificado, num altar psiquiátrico.

os destroços de sexta feira, ofuscam, matam e dilaceram.
o prazer da carne anteponhamos
à absurda cura do passado
que connosco caminha, agarrado à nossa carcaça.

falo falicamente como quem sensualmente mente.
a cura, a miséria, a tristeza e a podridão do vazio.
um vazio triunfal que cega

cega os que não querem ver.
e ilumina os que ver querem.

a luz ofusca a escuridão.
e a escurdião ofusca a luz..
a luz ofusca a luz.
e a escurdião ofusca a escuridão

digo a verdade dizendo a mentira
e digo a mentira dizendo a verdade
minto dizendo a mentira
e digo a verdade pensado na verdade.

o coraço trêspaça o verme
o verme é trespassado pelo coração

a chama trespaça o espirto
e o espirito trespaça a chama

1, 2, 3, 5, 8, 13, 21
21, 3, 2, 1, 8, 5, 13

gestos encefálicos corroem árduamente o vazio destilado
o vazio destilado corroi levemente os gestos encefálicos.

sem sentido mentido à verdade
e à verdade minto sem sentido

porque a absurda cura do futuro
trespassa-me sem igual

e o Homem, nú de preconceitos, caminha,
por um novo amanhã, sem igual

como quem sonha com a mutilação da mente

a mutilação da mente sonha
sonhando com a mutilação da mente

gestes venenos, árduos, e ofuscados,
matam o poeta da desgraça, num gesto frenético de procura do amanhã

o amanhã não existe, talvez o passado também não.
mas talvez o presente sim.
Ou não

o tempo existe?
essa constante neurótica, prismática.
ofusca deltamente os sonhos do pressente

amanha existe, e o ontem existirá, talvez amanhã existira.

como quem não quer a coisa, sonho, como quem mente
e minto como quem sonha

a mutilação dos vermes
os vermes mutilados
os cerébros trespassados
o amanhã transfigurado
a alma ilumada
e a lua cheia apagada

sonham como mente e mentem como quem sonha

talvez ainda não saiba, ou talvez saberei
que o azul nasce nas trevas, e das trevas vem para o céu.

a floresta cinzenta caminha por um amanhã transfigurado.
um amanhã transfigurado caminha por uma floresta cinzenta

a quimera dourada trespassa-me o peito
e o peito é trespassado pela quimera dourada

flamejante, ardente, triunfante.

o teste da verdade
a verdade do teste

caminham por um amanhã perdido
perdido na mente mutilada.

e no sangue ensanguentado

o poeta almejado ao presente
caminha num gesto frenético,
como quem não quer a coisa.

os livros, cinzentos e carregados,
fundem-se com as nuvens de outrora.

talvez um dia saberia.
ou talvez agora.
ou talvez num instante
ou talvez nunca

vicio da mente trespassa suicidios sonhadores
chamas perdidas num veneno de outrora

os gestos transfiguradamente mutilados
de um amanhã inexistente
caminham ofuscando as trevas de sade.

errrrssssssss
teuiiiiiiii
lvssssssssssss

one joy, one suffer.

os convites para o cortejo animalesco
trespassam almas mutiladas num desejo ensanguentado de prazeres de outrora

as nuvens carregadas fundem-se com a metafísica estática.

o poeta da desgraça junta-se com o profeta da vitória

as vezes sinto
as vezes vejo
as vezes pressinto

chamas iluminadas e suicidios sonhadores
a esperança iluminada de um vazio de outrora.

o santo sádico,
porque me persegues?
- pergunta o poeta da desgraça

porque fico com os genitais a arder de prazer
- responde o profeta da vitória

a visão apocalíptica do prazer de outrora
mutila mentes iluminadas
com as trevas do agora

o prazer da cura vale pela desgraça
do momento de outrora

talvez um dia saiba, pense, ou pressinta.
a luz da pessoa que comigo caminha

porque no afinal o amor vence e a chama de eros
trespassa o prazer de thanatos

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