terça-feira, 17 de agosto de 2010

brisas da cidade fumegantes

brisas da cidade
fumegantes.
incertas num impasse
irradiam ansiedade.
ansiedade frenetica
que se dissolve
e que se resolve.

as ruas com os seus candeeiros nas margens
carros a circular como componentes de um átomo
cingem-se à imensidão do infinitésimo.

caminham ofuscadamente,
resolvem-se resolvendo-se a si mesmas.
resolvem-se num impasse
resolvendo a ansiedade.
ansiedade frenetica
que se dissolve.

caminha por entre os prédios.
aqueles arranha céus do infinito do agora.
que caem como cinzas dilacerastes do prazer de outrora

carros antigos
tabernas do agora
correios da memória
do prazer de outrora.

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