segunda-feira, 16 de agosto de 2010

feedbacks inexoráveis (...) do tempo de agora.

feedbacks inexoráveis
loops do outrora
memórias vazias
do tempo de agora.

o coração bate.
a voz sai lentamente do corpo,
expremendo o suor,
a dor, do sofrimento de amar

pulsos repetidos
do vazio
repetem-se continuamente ao sabor da mente

ela esquece-se
e lembra-se que sei.

ela lembra
e esquece que sabia

as pausas
a ligação

a ligação das pausas
as pausas da ligação
a ligação ligada
e as pausas pausadas

cai a frente dela
perdidamente chorando
entre o juizo do que fiz
do que disse
do que pensei.

pulsos repetidos
repetidos pulsos
o bater do coração caminha.
caminha o bateria do coração

o jogo não está perdido
e perdido não está o jogo
dá-me uma oportunidade
de te amar, de te fazer feliz,
de nos fazer felizes.

lágrimas caem metricamente
como colcheias sobrepostas a um trémolo vingente.

não há maneira de falar
não há meneira de sentir
não ha maneira de partilhar
o bater do coração.

o movimento continua
repetidamente
calmamente
suavamente.

continua como quem mente
a si mesmo
ao sabor da vida.

a vida não está perdida
e perdida está a vida.

o movimento continua
repetidamente
calmamente
suavamente.

a voz solta-se do corpo
feedbacks inexoráveis
loops do outrora.

cai a frente dela
e ela não se apercebeu.
a mente é uma cama vazia.

a voz solta-se do corpo
feedbacks inexoráveis
loops do outrora.
a mente é uma cama vazia.

tudo está longe da verdade
acima do telhado.
vigente nos céus de outra
e no presente do agora.

amar não é fácil
difícil e perceber.
porque falhamos
porque erramos.
porque não estivemos presentes.

a voz solta-se do corpo
feedbacks inexoráveis
loops do outrora.
a mente é uma cama vazia.
porque não estivemos presentes.
quando precisávamos de alguém
e quando alguém de nós precisava.

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